quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Miss Nothing

     Quando a vi pela primeira vez no seriando Gossip Girl atuando no papel da adorável (não por muito tempo) Jenny Humphrey, jamais imaginei que a personagem e a própria intérprete, Taylor Monsen, pudessem me surpreender tanto.
     Esquecendo um pouco da Little Jenny, eu estava agora mesmo lembrando-me da banda The Pretty Reckless, cuja vocalista é a própria Taylor, e foram necessários apenas alguns segundos de pesquisa no Google para que eu me tornasse incrédula quanto ao que li nos resultados - tanto pela banda, quanto pela vocalista - pelos simples motivos citados abaixo:
1. Que garota aos 16 anos diria que seu melhor amigo é um vibrador? Uma que não está nem um pouco interessada no que os outros vão pensar sobre isso.
2. Que pessoa admitiria em público sua bissexualidade, além de dizer que tem orgulho disso? Muita gente está saindo do armário atualmente, mas não tão jovem assim, e isso me leva ao tópico número 3.
3. Personalidade. É admirável perceber que tão nova essa garota já tem tanta personalidade. Até demais na verdade, é só dar uma olhada no próximo tópico para entender.
4. Para os muito religiosos esse post já é um absurdo, mas o absurdo vem agora, porque ela teve a cara de pau (no bom sentido) de fazer um clipe com um cenário que lembra bastante a santa ceia. Agora você pensa, "mas o que tem de mais nisso?". Eu não quero estragar a surpresa, veja o clipe e tire as suas próprias conclusões.
5. Finalmente uma banda boa e que toca ROCK com letra maiúscula. Eu sempre gostei de rock, mas nunca ouvi uma banda de Rock'n'roll de verdade que tivesse realmente gostado. Até agora.

Vídeo das músicas Make Me Wanna Die e Zombie.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Mais um retalho

    
Meu passado é meu presente. Tudo em mim é um reflexo do que fui e continuo a ser. Nada do que sou hoje faria sentido se não fosse pelo meu ontem e o mesmo se aplica ao amanhã. Todos os pensamentos e atitudes, cada detalhe faz de mim o que sou. Não há nada faltando ou sobrando, nenhuma costura mal acabada, só retalhos, harmônica e simetricamente unidos, formando um véu que enrolo ao redor de mim.
E se meu ontem tivesse sido diferente? Seria eu outra pessoa? Estaria eu escrevendo agora? Nunca saberei. A única coisa de que tenho certeza é que, o ato de escrever esse texto hoje já mudou consideravelmente o que eu serei amanhã. Não de uma forma grandiosa e complexa, somente um pequeno retalho; E é só disto que esse texto trata: um retalho de cada vez.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O Menestrel

    Que Shakespeare foi um dos mais brilhantes escritores da história ninguém discorda. Decidi portanto colocar aqui no blog este texto maravilhoso dele, que reflete uma lição de vida e que em minha opinião todos deveriam ler e aprendê-lo.

Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se. E que companhia nem sempre significa segurança.     Começa a aprender que beijos não são contratos e que presentes não são promessas.
Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
Aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.
E aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam… E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que se leva anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la…
E que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida.
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos de mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam…
Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa… por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou, mas para onde está indo… mas, se você não sabe para onde está indo, qualquer caminho serve.
Aprende que, ou você controla seus atos, ou eles o controlarão… e que ser flexível não significa ser fraco, ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem, pelo menos, dois lados. Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se. Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens…
Poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém…
Algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar.
Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode suportar… que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida! Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Pedaços

     Ultimamente não tenho tido muitas idéias do que escrever, mas adoro fazê-lo mesmo assim. Então eu simplesmente jogo as palavras e frases que passam pela minha cabeça. A maioria não serve kkk Mas existem alguns trechos que se salvam e eu estou colocando eles aqui:
"Nada além de viver torna alguém vivo."
"Jogar palavras em um papel não faz de alguém um escritor, mas dar sentido a elas o faz.[...] Mas não vim aqui para falar de escrever. Vim para trazer um pouco da minha imaginação, dos pensamentos instantâneos que me atravessam em busca de algo que não seja descartável, em busca de uma frase que faça a diferença e que assim me faça poder dormir em paz, sabendo que ainda posso escrever coisas que valham a pena ser lidas."

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Um homem ou um rato?

     Aula chata. Nada para fazer, e assistir a aula não é uma opção. Diante disso, o melhor a se fazer é colocar para fora seu sentimento artístico-abstrato, dar significado ao insignificante.
    
      O bom artista é aquele que transforma o invisível em uma grande obra, que faz o abstrato ter forma, que torna útil o inútil, ou seja, artista é aquele cujo vocabulário não abrange as palavras ANTÍTESE e PARADOXO.
     Todos são artistas na sua forma de ver o mundo, ou na forma que gostaria de vê-lo. Qualquer um possui sentimentos que possam ser abandonados em um papel, tela ou qualquer coisa que sirva (banca do colégio). O branco é apenas um plano de fundo para o que existe de mais profundo dentro de nós.
     Manifesto: que a arte prevaleça em meio à autodestruição, que a sensibilidade seja valorizada e aprimorada, que o conservador se torne irracional, que não se veja mais com os olhos, mas que para isso abra-se a mente e o coração.
     

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Olhos que não veem

Dez anos se passaram, mas aparentavam apenas alguns minutos porque ao olhar para trás ele percebeu que havia andado apenas um passo, estava praticamente no mesmo lugar, que reconheceu apenas por causa de um velho busto "em memória de alguém que fez alguma coisa a muito tempo", porque  toda a paisagem à sua volta havia mudado.
Tudo mudou, exceto ele. As pessoas viveram suas vidas, trabalharam, se apaixonaram, desiludiram, apaixonaram novamente, casaram-se, tiveram filhos, e tudo o mais que se faz na vida. Ele por outro lado, nem sabe o que fez naquele lugar por tanto tempo, nem sabe por que não saiu de lá, por que deixou que sua vida se passasse sozinha, sem o personagem principal.
“Por que não me acordaram desse coma?” – pensa consigo mesmo. “Ninguém sentiu minha falta? Ninguém me percebeu?”
Vagou sem rumo, estranhando sua própria cidade natal, estranhando as rotinas, os hábitos, a linguagem. Sentiu-se um estrangeiro, sentiu-se solitário. Vagou por dias, dormiu na rua, falou com mendigos, aprendeu coisas sobre a vida, aprendeu sobre sofrimento, sobre passar fome, sobre não ter identidade, sobre ser indigente, sobre pedir dinheiro para viver, sobre se virar, ele aprendeu o que nunca lhe ensinaram nas escolas caras em que estudou. Percebeu que viva em uma bolha, achando que a vida não passava de trabalho e dinheiro, nunca passou pela sua cabeça a vida dos que não tinham esse tipo de oportunidade, dos que sofrem.
Naquela noite ele chorou de medo, não queria viver daquela forma. Olhou para o lado e viu uma fileira de homens e mulheres na mesma posição em que ele se encontrava, eles também choravam.
“Como não conseguimos enxergar o que está na nossa frente? Como deixamos que a miséria se tornasse algo comum? Como alguém pode não se importar?”
Sua revolta inconsciente foi interrompida pelo barulho do despertador. Ele levantou-se de seu coxão de king size, tomou uma ducha no banheiro do seu quarto, sentou-se à mesa e tomou um café apenas, da enorme mesa de café da manhã preparada por sua empregada. Foi até a garagem, pegou sua Mercedes e foi à seu escritório para mais um longo e comum dia de trabalho. Assim que se sentou na cadeira de seu escritório, chamou sua secretária para fazer-lhe algumas reivindicações e em seguida, olhando pela enorme janela de vidro com vista para o centro de São Paulo lembrou-se de seu sonho. Soltou um suspiro voltou à sua mesa e continuou seu trabalho...

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Nunca vamos saber

- Por que quando a gente se apaixona não consegue esquecer aquela pessoa, por mais que queira?
- Não sei. - ela respondeu.

     Acho que não há como saber, mas vou continuar procurando por uma resposta mesmo assim. Não consigo aceitar muito bem o fato de que não existem respostas para certas perguntas, ou que algumas delas não cabem à nossa ignorância.
     Parece que todo mundo nasceu programado para fazer exatamente as mesmas coisas, seguir uma sequência de vida: nascer, crescer, estudar, fazer faculdade, trabalhar, casar, ter filhos e morrer. Já me disseram que o que realmente importa é o que você faz entre essas coisas e como você faz. Talvez, mas ainda assim não entendo por que a maioria do que somos ou seremos já vem programado desde quando ainda somos crianças.    
     Esse tipo de questionamento sempre me persegue, mas sei que não é só a mim. Tenho certeza que todo mundo já sonhou um dia com o "Livro das respostas", aquele que solucionaria todos os nossos problemas, que resolveria qualquer indagação, por mais insensata que ela possa ser. Ainda sonho com esse livro e com todas as coisas que poderia descobrir nele (só de pensar meus olhos brilham), mas por enquanto vou me contentando com um dicionário, ou uma enciclopédia. Fazer o que?
     Só sei que por mais que a tecnologia evolua, por mais que o ser humano chegue a um estagio de evolução jamais imaginado, por mais que qualquer coisa... vamos continuar não sabendo de nada. Não é que esteja sendo pessimista, estou sendo realista. Somos muito limitados.
     Parece até que estou entrando um pouco em contradição agora, já que disse não aceitar muito bem a ausência de respostas. O fato é que, só porque sei que não vamos saber de nem uma mínima fração do que existe no mundo, não quer dizer que não possa ter a esperança de encontrar alguma coisa. Melhor do que viver conformada e de costas para o mundo, como no "mito da caverna", escrito por Platão. E convido todos a saírem de suas cavernas. Porque o que move a nossa vida é a busca constante. Do que? Só você sabe.

domingo, 12 de setembro de 2010

O que é suficiente

     Descobri que não quero nunca me repetir. Não quero nunca me encontrar, porque por mais que eu diga o contrário, adoro me sentir assim meio perdida, só para ter que vasculhar meu interior em busca de alguma resposta. Adoro estar confusa, triste, sentir vontade de ficar reclusa no meu próprio eu (ao contrário do que possa parecer, eu não sou emo), porque quando volto meu olhar para fora, estou mais completa (mesmo que não completamente) e posso partilhar isso.
     O que realmente estou tentando dizer é que o único caminho para entender o que existe à sua volta, é conhecendo o que existe dentro de si e se isso não for suficiente, não creio que algo mais será.