domingo, 5 de junho de 2011

Brisa-hora

Passa,

vai hora,

passa.



Só não passa desse jeito,

mansa.

Eu já não te suporto ver passar,

a toda hora,

nunca perde a hora de passar.



Se precisas passar, tudo bem eu entendo.

Mas passa depressa e segue teu rumo!

Passa depressa por mim e demora a voltar,

porque eu já não me aguento de raiva em te ver passar.



Sempre a mesma,

nunca muda.

Sempre hora...

Sempre hora.



Se precisas passar,

então que passe!

Mas passe de um jeito diferente,

não sendo a hora de sempre,

que sempre passa,

mas nunca parece querer passar.



Passe como a leve brisa:

sem esforço,

 adorável,

fresca,

leve,

brisa.