sexta-feira, 8 de outubro de 2010

A droga do amor

     
      E quando penso que acabou só está começando. O início do que durará para sempre e depois morrerá. Acreditando-se que o infinito é apenas aonde não se conseguiu chegar.
     Forma-se um plural de singulares, e abro a porta na tua cara apenas para dizer-te que ainda não terminou. Pelo menos enquanto posso inspirar para fora e expirar para dentro o único veneno que me mata, a droga que viciou minha circulação e inebriou-me de incertezas. A droga que vicia somente aos que tem coração. A droga do amor.
     Que me fez agir e não pensar, que me fez falar e não lembrar, que me fez morrer e ainda assim... Estando viva.

Um comentário:

  1. Como eu já falei, texto muito lindo! Você, realmente, escreve de um jeito único, intenso e lindo.

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